Após derrota de 3 a 0 no jogo de sábado, seleção não dá chances para rival
Aquela derrota por 3 a 0, um dia antes, mexeu com a seleção brasileira. A Holanda não desperdiçou a chance de quebrar uma invencibilidade de 25 jogos, mas os comandados do técnico Bernardinho não estavam dispostos a dar uma nova oportunidade. Neste domingo, no ginásio Nilson Nelson, em Brasília, a equipe fez valer o seu favoritismo e venceu o confronto por 3 sets a 1, parciais de 25/14, 25/27, 25/18 e 25/19. Depois do tropeço, o triunfo passou a ser obrigatório para evitar que a caminhada até a fase final da Liga Mundial se complicasse.
Com o resultado, o Brasil assume a vice-liderança do Grupo A. Seu próximo compromisso será contra a Coreia, na sexta-feira e no sábado, no Maracanãzinho.
- Ontem o time parecia um pouco apático e se travou muito. No segundo set perdemos para a nossa própria ansiedade, o que demonstra a irregularidade da equipe. Mas temos chances de chegar lá e vencer os dois jogos contra a Coreia será fundamental - disse Bernardinho, que elogiou a liderança de Giba.
Seleção comemora a vitória sobre a Holanda na Liga Mundial vôlei
Palavras que foram endossadas pelo filho do treinador, o levantador Bruninho.
- O Giba é um líder, ele nos ajudou muito. Jogamos bem melhor desta vez e era para ter sido 3 a 0. Com relação à discussão, o assistente técnico deles começou a vibrar para o nosso lado e falei para ele parar. Deu aquela confusão e foi bom para dar uma ativada, para fazer a gente entrar com mais raiva - afirmou.
O jogo
O Brasil entrou em quadra com postura e formação diferentes. Giba saiu jogando e não escondia, assim como seus companheiros, o desejo de mostrar que a derrota no jogo anterior foi um descuido. A Holanda forçava o saque para tentar surpreender novamente o adversário. Do outro lado, o Brasil fazia o mesmo. A partida seguia equilibrada até mesmo na troca de erros seguidos no fundamento. Até que o bloqueio brasileiro entrou em ação e fez a seleção fugir no marcador: 18/13. Os holandeses sentiram a pressão e não se encontraram: 25/14.
Mas tiveram tranquilidade suficiente para não se deixarem abater. Iniciaram o segundo set na frente e voltaram a dar trabalho para os donos da casa. Bruninho, Leandro Vissotto e Rodrigão se empenhavam, mas a Holanda respondia e equilibrava as ações. Um ace de Lucão, seguido de um ataque de Murilo fizeram o time vibrar e abrir 18/14. A essa altura, os adversários tiravam proveito dos erros para tentar diminuir a frente. E conseguiram a virada (24 a 23) depois que o Brasil passou a se preocupar mais com a arbitragem do que com o jogo. Com a ajuda da rede, Lucão conseguiu um ponto de saque e fez a equipe respirar, retomando o controle do placar: 25 a 24. Por pouco tempo. As falhas no ataque e na recepção custaram o set:: 27/25.
Na troca de lado, os ânimos esquentaram, com uma discussão entre jogadores e membros da comissões técnicas. Bernardinho recebeu um cartão amarelo, que também foi dado para o time visitante. Depois disso só deu Brasil que, com muita facilidade, abriu 14/6 e não olhou mais para trás: 25/18.
Sem perder o ritmo, a seleção fez 10/5 no quarto set. Já não encontrava tanta resistência na Holanda e caminhava a passos largos para o triunfo. Bernardinho não precisou sequer fazer um pedido de tempo durante a parcial vencida por 25/19.