quinta-feira, 17 de março de 2011

Átila Abreu comemora sua primeira vitória na Stock: 'Foi no lugar certo'

Piloto, nascido em Sorocaba, subiu no lugar mais alto do pódio da etapa de Ribeirão Preto e continua na liderança da classificação da temporada 2010

Antes mesmo da etapa de Ribeirão Preto, Átila Abreu já tinha motivos para comemorar, afinal ele era o líder da temporada 2010 da Stock Car. Mas um pequeno detalhe ainda ‘incomodava’ o piloto da AMG Motorsport: a ausência de uma vitória no seu currículo. E essa ‘preocupação’ acabou justamente no segundo circuito de rua da maior categoria do automobilismo nacional.
- Foi uma corrida muito importante para mim, venho perseguindo a vitória. Esse ano passei muito perto da vitória várias vezes e quase cheguei lá no Rio de Janeiro – disse.
O final de semana começou um pouco difícil para Átila. No primeiro e no terceiro treinos livres da etapa, ele não ficou entre os dez melhores tempos. Na segunda sessão, o piloto da AMG conquistou a oitava melhor volta. Mas foi na hora de decidir o grid de largada que Átila brilhou: com uma última volta perfeita, ele ‘arrancou’ a pole position das mãos de Ricardo Maurício.
- Comecei a construir minha vitória de hoje no treino de sábado, quando sai por último e com pneus novos para classificar e sabia que o Ricardinho vinha bem e precisava arriscar um pouco mais – explicou.
O palco da vitória não poderia ter sido melhor para o esportista de Sorocaba: o interior de São Paulo. O piloto mais novo da categoria aproveitou para brincar com o sotaque local quando festejou a primeira vez que subiu no lugar mais alto do pódio.
- Foi a vitória no lugar certo. Sou de Sorocaba e soltamos o sotaque caipira em Ribeirão Preto. Foi uma sintonia perfeita com a cidade e com o circuito – brincou.
Átila Abreu conquista a pole em Ribeirão Preto
O piloto da AMG mostou muita calma durante toda a etapa do interior de São Paulo
O chefe de Átila Abreu fez questão de exaltar o bom desempenho do 'púpilo'. Campeão em doze temporadas da Stock Car, Ingo Hoffmann, é o diretor esportivo da equipe e fez questão de comemorar a vitória como se fosse sua.
- Foi excepcional, tremendo show do Átila. Oitenta por cento do trabalho foi feito no sábado com aquela volta avassaladora dele. Hoje foi questão de concentração e deixar o carro na pista – afirmou Ingo.
Apesar de ter sido o palco da primeira vitória do líder do campeonato, o circuito de rua de Ribeirão Preto ficou marcado por um ponto negativo: os acidentes. Mesmo antes de entrar na pista, Átila sabia que não poderia cometer erros durante a prova.
- Foi uma corrida muito difícil, de muita pressão, onde você não pode errar na pista e os mecânicos no pit stop. Mentalmente o desgaste é grande, tem que saber administrar a ansiedade e o equipamento, mas largar da pole foi fundamental – declarou.
Com o resultado em Ribeirão Preto, Átila Abreu continua na ponta da tabela de classificação da temporada 2010 da Stock Car, com 94 pontos ganhos. E o piloto da AMG não perderá esse posto tão cedo: ele está garantido por pelo menos dois meses, tempo que a Stock Car ficará parada. O próximo circuito será em Salvador, apenas no dia 15 de agosto.

terça-feira, 15 de março de 2011

O jogo dentro do gramado: vuvuzela não deixa ninguém se comunicar

Holanda 2 x 0 Dinamarca atrás de um dos gols e comprova: ruído exige que jogadores conversem ao pé do ouvido ou por sinais

Uma vuvuzela incomoda muita gente, duas vuvuzelas incomodam muito mais. Imagine umas 50 mil... Nesta segunda-feira, o GLOBOESPORTE.COM acompanhou a vitória da Holanda por 2 a 0 sobre a Dinamarca dentro do gramado do Soccer City e comprovou: o barulho atrapalha os jogadores e a comunicação entre treinadores e atletas é quase impossível. O jeito é apelar para sinais ou conversas ao pé do ouvido.
- Não, você não pode ir por aqui. Aqui é a entrada dos jogadores – disse a moça da Fifa, quando a reportagem errava o caminho para o campo e se deparava com o local onde todos os atletas gostariam de estar.
À frente, o famoso túnel que dá direto no gramado. A musiquinha oficial do Mundial já tocava, e os atletas se organizavam para os hinos. Simpática, a representante da Fifa pede 10 minutos para que a passagem fosse liberada, mas em apenas dois o caminho é aberto gentilmente. No campo, os jogadores cantavam com a mão no peito. Na arquibancada, as vuvuzelas pararam por respeito. Ao lado da linha lateral, o GLOBOESPORTE.COM se dirigia para o gol à esquerda das cabines de televisão. Sim, o Soccer City é maior e mais imponente visto daqui do chão do que lá de cima.
CONFIRA A GALERIA DE FOTOS DOS BASTIDORES DO JOGO NO SOCCER CITY
O barulho também é pior. Parece que há um super-herói, de fôlego interminável, tocando uma vuvuzela por 90 minutos. Ou uma colmeia, com abelhas que não param de trabalhar. O volume sobe e desce, de acordo com a movimentação. Chegou ao auge aos 34 do segundo tempo, quando o placar anunciou o público presente: 83.465. Parece que todos quiseram mostrar que estavam no Soccer City e “vuvuzelaram” para provar isso.
O barulho no "pote" sul-africano não é ensurdecedor, mas atrapalha. Eleito o melhor em campo, Sneijder disse que não se incomodou com as cornetas. Mas quem está dentro do gramado não consegue ouvir o que uma pessoa a mais de um metro tenta lhe dizer. É comum ver os jogadores com a mão na orelha, como uma concha, sofrendo para entender o que um companheiro grita de longe. E os técnicos? Alguns até desistem. Na vitória argentina sobre a Nigéria, Diego Maradona poupou as cordas vocais e chamava Verón na linha lateral para dar instruções no cangote. A tática foi repetida por Bert van Marwijk e Morten Olsen algumas vezes nesta segunda.
No primeiro tempo no Soccer City, câmera voltada para o ataque da Dinamarca. Recuperado de um dia para o outro, Bendtner era a esperança do time de branco. Do outro lado, os “pequeninos” holandeses, reconhecidos apenas pelos números da camisa ou zoom na lente. A bola passava longe do gol, mas perto de nossas cabeças. Os colegas ao lado se abaixavam para evitar um acidente, mas lá na outra trave um teve menos sorte: após chute de Van Persie, a bola pegou em cheio e quebrou uma câmera fotográfica localizada no gramado. Efeito Jabulani?
Veja os gols da Holanda em ângulo exclusivo filmado pelo GLOBOESPORTE.COM

No intervalo, momento de descanso para alguns cinegrafistas, mas outros profissionais seguem trabalhando. Atrás do gol, fotógrafos arrumam as câmeras que ficam no chão, ativadas por controle remoto. Outros comem um lanche ou colocam o papo em dia. Uma pessoa com fantasia do mascote Zakumi passa acenando para os torcedores, acompanhado de uma “babá” da Fifa. Não fez muito sucesso. Mais divertido é observar a câmera que “voa” pelo estádio: segurada por alguns cabos, ela se movimenta por todos os lados e dá a sensação de que realmente flutua, como a namoradinha do robô desajeitado no filme "Wall-E". Algumas das melhores imagens da Copa saem dela.
jogo visto do gramado
No intervalo, fotógrafos arrumam as câmeras acionadas por controle remoto no gramado
A bola rola novamente. E em um minuto estufa a rede, bem na frente do GLOBOESPORTE.COM. Gol contra do dinamarquês Simon Poulsen (depois atribuído pela Fifa a Agger). Os companheiros mal acreditam no que viram. Os holandeses também, que comemoram abraçados na área, enquanto a torcida pintava o Soccer City de laranja. Coitado do goleiro Sorensen, que olhava para frente sem entender direito o que acontecia. Podia até xingar Poulsen que este não ouviria. Santa vuvuzela.
Com a entrada de Elia pela ponta, a Holanda melhorou. O jogo também. O volume das vuvuzelas aumentou, embalado pela festa laranja regada a cerveja, mulheres bonitas e homens fantasiados de mulheres (feias, no caso). Elia desviou a atenção para a esquerda do gramado. Todas as câmeras voltadas para lá. E dele saiu o lance para o gol de Kuyt, que aproveitou o rebote aos 39.
- Agora você dá a volta no estádio e sai lá do outro lado, naquela rampa, está vendo? – orientou a – sempre paciente – moça da Fifa após o apito final.
Um passeio bem-vindo. Com a câmera ligada, uma caminhada por todo o gramado (pelo lado de fora, ao lado da torcida) até a bandeirinha de escanteio à esquerda do gol à direita das tribunas, onde fica a entrada e saída para os profissionais de imprensa. Muitos brasileiros na arquibancada, com direito a bandeiras de clubes e cidades. Mais holandesas e dinamarquesas, as verdadeiras donas da festa. Câmera desligada e adeus, Soccer City. Mas as vuvuzelas vão voltar. Ah, se vão.
jogo visto do gramado
Os bastidores dos profissionais de imprensa no gramado: estádio laranja para a estreia holandesa

Sem os supermaiôs, recordes somem e nadadores precisam ‘fechar a boca’

Chuva de novas marcas no Maria Lenk de 2009 desaparece neste ano, e a solução para compensar ausência da roupa pode ser regime para perder peso


Um ano depois de ser palco de uma chuva de recordes, o Troféu Maria Lenk chegou ao fim neste domingo sem estabelecer nenhuma nova marca mundial, sul-americana e sequer brasileira na natação. Da piscina da Unisanta, saíram apenas dois melhores tempos da competição. Embora haja um consenso de que os resultados obtidos em Santos, no início do ano, não podem servir de referência, ficou claro que será preciso encontrar uma maneira de compensar a ausência dos supermaiôs, proibidos a partir desta temporada. Solução imediata para os atletas? Fechar a boca.
Kaio Márcio em ação pelo troféu Maria Lenk
Kaio Márcio de sunga no Troféu Maria Lenk: os supermaiôs estão proibidos
- Os nadadores, principalmente os mais pesados, vão ter de se tornar mais leves. Além do regime, precisam fortalecer muito a região abdominal. Assim o quadril sobe mais, o gasto energético diminui e o atleta fica mais em cima da água. Tentaremos naturalmente fazer o que a roupa fazia - explica o biomecânico Paulo César Marinho da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.

As duas marcas do campeonato que caíram neste ano foram do austríaco Markus Rogan, nos 200m costas (1m58s21), e da equipe do Minas, no revezamento 4x200m livre (7m20s95). No ano passado, foram 37 recordes de campeonato, 38 sul-americanos, três nacionais e um mundial (Felipe Franca, nos 50m peito).
Felipe França durante prova do Maria Lenk
Felipe França ganhou o ouro nos 50m peito com a
marca de 27s81
O nado peito, por sinal, foi o que apresentou a maior queda de rendimento, por exigir mais flutuabilidade dos nadadores. Felipe, que tinha feito 26s89 em 2009, garantiu o ouro agora com 27s81. Nos 200m peito feminino, a diferença ficou ainda mais evidente. Carolina Mussi bateu o recorde sul-americano da prova no ano passado com 2m27s42. Desta vez, terminou em segundo com 2m39s15, quase 12 a mais. Mesmo a campeã da prova de 2010, Michele Schimidt, venceu com 2m37s32.

- O nado alterna momentos de propulsão e de não propulsão. Na fase não propulsora, existe uma tendência natural para o atleta afundar. Então, a roupa fazia com que ele ficasse mais em cima d’água – justifica Paulo César Marinho.
Nem o campeão olímpico e mundial Cesar Cielo manteve suas marcas. Nos 100m livre do ano passado, fez 47s60. Desta vez, de bermuda, venceu a prova com 48s63.

- Faz diferença principalmente na recuperação após a prova. A gente nadava com uma facilidade maior para fazer os tempos e terminava bem menos cansado. Já a sensibilidade na água, pelo menos para a gente que é da velocidade, não tem como diferenciar – diz.
Tales Cerdeira natação Maria Lenk
Tales Cerdeira foi um dos destaques do Maria Lenk
e ganhou dois ouros
Na contramão da tendência, houve quem conseguiu tirar proveito dos novos trajes. Os nadadores mais magros e com facilidade na flutuação não sentiram tanta a diferença, e alguns chegaram até a melhorar suas marcas.

- Eu acabei me favorecendo com a saída do traje por causa do meu estilo, do meu peso. Acho que, por ser magrinho, não fez tanta diferença para mim – alega Tales Cerdeira, um dos grandes destaques da competição, com ouros nos 100m e 200m peito.

O que o biomecânico, técnicos e nadadores concordam é que os tempos do Troféu Maria Lenk 2010 não podem ser determinantes para avaliar o tamanho do “estrago” com a saída dos supermaiôs.

- Eu não imaginava uma queda de rendimento tão acentuada, mas a gente perdeu um pouco da referência por causa da piscina. Então, ainda não consigo fazer uma afirmação sobre isso com as condições que tivemos aqui – avalia Arilson Silva, um dos técnicos do Pinheiros.

Brasil conquista quatro medalhas no Aberto da Itália de nado sincronizado

Giovana Stephan vence no solo e Lara Teixeira e Nayara são prata no dueto. Equipe fica com a segunda colocação em duas provas
O Brasil conquistou quatro medalhas no Aberto da Itália, em Loano. Giovana Stephan venceu com 89.000 pontos a mexicana Nuria Diosdado (85.000) e a húngara Dora Radvanyi (78.500). O dueto de Lara Teixeira e Nayara Figueira somou 89.833 e ficou com a prata, atrás apenas das donas da casa, Manila Flamini e Giulia Lapi (93.167).
O país outras duas pratas, nas provas de equipe (90.167) e rotina livre combinada (89.833).

Canto vence cinco por ippon e leva ouro na Copa do Mundo de Lisboa

Tiago Camilo e Rafael Silva levam bronze, e Brasil termina a etapa em quarto


Bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004, o brasileiro Flávio Canto venceu suas cinco lutas por ippon neste domingo e conquistou o ouro na categoria até 81 kg da Copa do Mundo de Lisboa. Na final, ele derrotou, pela primeira vez na carreira, o americano Travis Stevens. Tiago Camilo (-90kg) e Rafael Silva (+100kg) foram bronze.
O Brasil deixa a competição na quarta colocação, atrás de França, Portugal e Alemanha. No sábado, Breno Alves (-60kg) tinha conquistado um bronze. A Copa do Mundo de Lisboa conta pontos para o ranking mundial e olímpico da Federação Internacional de Judô (FIJ). A seleção feminina competiu em Tallin, na Estônia, mas não conquistou medalhas.
Na estreia em Lisboa, Canto bateu o tcheco Josef Kopecky. Depois, passou pelo francês Vincent Boussiron e pelo italiano Matteo Marconcini. Nas semifinais, derrotou o japonês Takahiro Nakai.
Tiago Camilo conquistou sua quarta medalha em Copas do Mundo. Após três vitórias por ippon, ele foi superado pelo francês Ludovic Gobert. Na disputa pelo bronze, bateu o argelino Lyes Bouwakoub por ippon.
Campeão na etapa de Madri, Rafael Silva foi parado pelo francês bicampeão mundial Teddy Riner. Na luta pelo bronze, forçou três punições sobre o lituano Marius Paskevicius e ficou com a medalha.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Mal, Woods decepciona e é apenas o 19º no Memorial Tournament

Golfista tem pior colocação desde 2002. Justin Rose é o campeão

Não foi desta vez que Tiger Woods voltou a levantar um troféu. Pelo contrário. O astro americano, que vem acumulando resultados abaixo do esperado desde seu retorno ao golfe depois do escândalo que abalou sua carreira no ano passado, foi apenas o 19º do Memorial Tournament, em Dublin, Ohio. Woods defendia o título do torneio e buscava o pentacampeonato da competição.
Foi a pior colocação de
Woods no torneio desde 2002. Justin Rose foi o vencedor. Ele desbancou o novato Rickie Fowler, de 21 anos, que tentava ser o campeão mais novo da disputa em Ohio.
O retorno de Woods ao golfe não tem sido dos mais fáceis. Em sua disputa anterior, no The Players Championship, ele havia abandonado devido a dores no pescoço. Antes do Memorial Tournament, ele havia dito que as dores haviam se tornado suportáveis, mas que não estava totalmente curado.
Além disso, o atleta está sem técnico. Há duas semanas, o treinador do golfista, Hank Haney, anunciou o fim da parceria de seis anos, período em que Tiger conquistou 31 títulos de PGA e seis Majors.